24/06/2009

..............A PARÁBOLA DA DECISÃO



Havia um homem de muitas riquezas. Tinha muitas cidades bonitas, grandes províncias com jardins maravilhosos e indústrias produtivas - era um verdadeiro paraíso.
Era um homem de grande compaixão. Um dia descobriu numa rua um cão sarnoso que ia ser sacrificado. Tendo misericórdia dele mandou que seus empregados o recolhessem e o trouxessem à sua casa; cuidou dele, deu banho, educou-o e, de repente, tudo mudou na vida do cão. Sentia-se tão feliz que não se mudaria dali por nada. O homem o levava em suas caminhadas, e fez dele seu companheiro e amigo.
O cão, apesar de sua origem, era muito inteligente. Não compreendia porque este homem, a quem considerava seus mestre , mostrasse tais atos do amor; ele se sentia maravilhada e cheio da gratitão para com ele, e lhe lambia as mãos como sinal de gratidão. Seu novo mestre o acariciava dizendo: "Eu amo você".
Ele lhe disse: tudo o que eu tenho é para que você desfrute; o campo é imenso e você pode correr e brincar nele. Eu sempre lhe darei comida, cuidado, abrigo e proteção; desfrute de todos os meus bens. Você pode vir ver-me quando quiser". Seu mestre pôs-lhe o nome de Esplendor.


" Esplendor, há algumas normas que eu lhe peço para observar e obedecer:

-Há outros cães que eu trouxe para cá - você deve amá-los, assim como eu tenho amado você.

-Você não precisa brigar com eles; há espaço, comida e cuidado suficiente para todos.

-Algumas vezes vou lhe pedir que dê as boas vindas a outros cães, e que você lhes ensine o que tem aprendido de mim e o que significa ter-me como dono.

-Você tem determinadas tarefas para fazer todos os dias; faça-as bem e lembre-se que eu te amo e estou disposto a atendê-lo quando você requerer.

-Uma outra coisa, mantenha-se dentro dos limites da propriedade. Eu pus uma cerca de proteção; do outro lado exisitm muitos cães de rua e eles são muito perigosos. Andam em bandos e não dormem se não fizerem o mal. Eu quero protegê-lo para que você não volte a ter os mesmos sofrimentos de antes.


Agradecido, Esplendor não conseguia entender quão maravilhoso era seu mestre; o que haviam falado dele era um pálido reflexo do que ele estava realmente descobrindo e desfrutando.


Conheceu outros cachorros de raças, tamanhos e cores diferentes; uns com pedigree, outros comuns como ele, machos e fêmeas. Cada um com experiências diferentes no passado. Além disso, aprendeu muito com os outros cães que estavam dispostos a compartilhar com ele o que haviam experimentado e aprendido do seu mestre.


Para sua surpresa, um dia descobriu que um bom número de seus companheiros não amava a seu dono; não haviam aprendido o que era GRATIDÃO.

Estavam sempre se queixando, dizendo que ele era mau e que aquela era uma vida de terrível escravidão. Obedecer ao mestre era uma carga que não estavam dispostos a suportar. Diziam que do outro lado da cerca a Vida era maravilhosa; que exisitia plena liberdade e que podiam desfrutar do que queriam. Esplendor via como muitos desertavam e isso o incomodava.


Passado um tempo seu relacionamento com seu dono e o desejo de visitá-lo se esfriou e ele não lhe lambia mais as mãos em sinal de gratidão. Começou a pensar que talvez os desertores tivessem razão


Um dia resolveu unir-se aos rebeldes; fizeram um buraco e escaparam. Agora se sentia livre, respirava um ar novo. Novas aventuras o esperavam e muitas ilusões começaram a invadir seu coração.


A primeira decepção que sofreu foi descobrir que todos seus companheiros queriam ser líderes; ninguém queria sujeitar-se ao outro; e o grupo se desintegrou. Passava as noites ao relento, recordando o abrigo quentinho que desfrutava na terra de seu dono, mas pensava: " sou livre."


Começou a entender que para sobreviver teria que submeter-se a algum bando de cães selvagens; e isto era algo que não gostava, mas não havia outra alternativa. Se deu conta que alguns queriam construir um estado similar ao do homem que haviam abandonado, mas não o faziam porque queriam progresso, mas por orgulho. Descobriu que os cabeças do bando começaram a cobrar impostos por lhe permitirem viver ali. Notou que os que já estavam há mais tempo longe do mestre estavam cada dia mais doentes e debilitados, e não se conformavam com suas realizações. Desejavam algo diferente, mas viviam insatisfeitos. Ele não podia entender por quê. De repente começou a recordar os momentos de alegria e felicidade que viveu com seu mestre, o amor, o gozo e a paz que sentia ao receber a proteção e o toque do seu senhor. Embora quisesse voltar, não sabia como, e seu orgulho não lhe permitia reconhecer sua loucura. começou a perder peso e a sentir-se tão só como naqueles tempo antes de conhecer seu benfeitor.


Enquanto isso, seu dono esperava que ele voltasse, e ao ver que ele não vinha, e com o coração quebrantado, enviou alguns de seus empregados buscá-lo. Depois de algum tempo o encontraram e começaram a animá-lo para que regressasse. Todos os dias tentavam convencê-lo, mas não foi possível. Ele havia acreditado em todas as mentiras sobre o seu dono que os outros cachorros desertores haviam lhe contado e embora sentisse fome e uma necessidade profunda, negou-se a voltar e reconhecer que havia se enganado. Pensava que algum dia tudo ia mudar em seu mundo, ainda que se sentisse muito desiludido.


Em seu lamentável estado chegou a descobrir que para ser feliz não era só necessário que o dono o tivesse salvo, mas também que devia sujeitar-se a ele e reconhecê-lo como o dono da sua vida.


Este era o grande dilema de Esplendor. Seu mestre devia ser o senhor de sua vida, ou ele decidia selar seu próprio destino. Regressar a seu mestre implicava reconhecê-lo como senhor e estar submisso a sua vontade. Era o momento mais crucial de sua vida , dizer: " Senhor, faça-se a tua vontade" ou ouvir a voz do seu mestre lhe dizendo: " Faça-se a tua vontade."


Fonte: www.hombresdevalor.org

Tradução:iMensagens


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